O Dia Nacional da Paralisia Cerebral, celebrado a 20 de outubro, é um marco importante para as pessoas com Paralisia Cerebral, para as suas famílias e cuidadores. Instituído em 2014, com a aprovação da Resolução n.º 27/2014, pela Assembleia da República, este dia não é apenas simbólico, mas representa uma oportunidade crucial para aumentar a visibilidade e dar voz às pessoas com Paralisia Cerebral. É uma data dedicada à sensibilização da sociedade civil, sublinhando a importância do respeito pela inclusão e da defesa ativa dos direitos dessas pessoas.
A paralisia cerebral resulta de uma lesão no sistema nervoso central, com impacto no desenvolvimento neuromotor, o que torna a condição permanente, embora não progressiva. Apesar de ser uma lesão irreversível, com os devidos cuidados, acompanhamento e intervenção, como a Fisioterapia, é possível melhorar a participação, qualidade de vida e a funcionalidade das pessoas com paralisia cerebral. Esta é a condição de desenvolvimento mais comum na infância, afetando cerca de 2 em cada 1000 crianças.
A Ordem dos Fisioterapeutas associa-se a este dia, destacando a importância do Fisioterapeuta no acompanhamento das pessoas com paralisia cerebral. O Fisioterapeuta desempenha um papel central no processo de (re)habilitação, promovendo o desenvolvimento motor e funcional e criando oportunidades para que essas pessoas possam participar plenamente nas atividades diárias e sociais. O objetivo é sempre maximizar a sua independência, ajudando-as a superar as barreiras que possam encontrar.
Este dia histórico tem como propósito reforçar a importância do apoio contínuo, não só às pessoas com paralisia cerebral, mas também às suas famílias, cuidadores e profissionais de saúde, que trabalham diariamente para melhorar as suas condições de vida. A paralisia cerebral não deve ser um entrave para sonhar com o futuro ou para participar ativamente na sociedade.