No Dia Internacional para a Redução do Risco de Catástrofes, assinalado a 13 de outubro, o United Nations Office for Disaster Risk Reduction reforça a importância de “Financiar a resiliência, não os desastres”, sublinhando a necessidade urgente de investir na prevenção e mitigação de riscos para evitar perdas humanas, sociais e económicas no futuro. Neste contexto, a Ordem dos Fisioterapeutas, destaca o papel da Fisioterapia na resposta humanitária e na recuperação das populações afetadas.
Num mundo cada vez mais vulnerável a fenómenos extremos, investir em prevenção, planeamento e capacitação profissional é investir em vidas. O “Relatório de Avaliação Global sobre Redução de Riscos de Desastres 2025”, das Nações Unidas, estima que os custos anuais diretos dos desastres ultrapassem os 202 mil milhões de dólares, mas que o impacto real possa ascender a 2,3 mil milhões de dólares por ano – um valor onze vezes superior ao registado oficialmente.
Apesar da magnitude destes números, o investimento na redução do risco de desastres (RRD) continua a ser insuficiente, quer nos orçamentos nacionais, quer na assistência internacional. A Organização das Nações Unidas apela, por isso, a uma mudança de paradigma: financiar a resiliência hoje para evitar pagar pelos desastres amanhã.
A Fisioterapia, enquanto ciência da saúde centrada no movimento e na recuperação funcional, tem um papel determinante na construção de sociedades mais resilientes, inclusivas e preparadas para enfrentar o inesperado.
Para além da intervenção clínica, a Fisioterapia contribui para a resiliência comunitária, apoiando equipas multidisciplinares em planos de preparação e resposta a catástrofes, garantindo que os cuidados de saúde e reabilitação se mantenham acessíveis e sustentáveis, mesmo em contextos de crise.
Como sublinhou o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, “a resiliência deve estar enraizada nas bases do desenvolvimento”, uma mensagem que ganha especial relevância num contexto global de emergência climática e desigualdade de recursos.
Promover a resiliência começa com pequenos gestos de preparação. Por isso, a Ordem dos Fisioterapeutas partilha o folheto informativo “Fisioterapia em Contexto de Emergência”, com orientações simples para reforçar a segurança e autonomia das famílias em situações críticas.