Fisioterapia Aquática: os benefícios da intervenção em meio aquático

O International Organisation of Aquatic Physiotherapists (IOAPT), o specialty group da World Physiotherapy que a Ordem dos Fisioterapeutas integra, elegeu esta sexta-feira, 22 de março, como um dia dedicado à Fisioterapia Aquática, propondo aos membros que o assinalassem,  como forma de consciencializar e informar a população sobre esta área específica de intervenção da Fisioterapia.

Enquanto membro do IOAPT, a Ordem dos Fisioterapeutas é representada pelo Grupo de Trabalho (GT) temático sobre Fisioterapia Aquática e associa-se a esta data, destacando o papel da Fisioterapia Aquática.

A Fisioterapia Aquática incorpora todo um processo de:

  • raciocínio clínico próprio, baseado numa avaliação individual, sustentada na utilização de instrumentos de medida específicos ao meio aquático, de preferência adaptados e validados à população portuguesa;
  • diagnóstico em Fisioterapia;
  • formulação de objetivos e de programas de intervenção;
  • aplicação de métodos, técnicas e estratégias específicas ao meio aquático;
  • prática guiada pela evidência.

A Fisioterapia Aquática pode ser realizada como forma única de tratamento ou como complemento de outro tipo de tratamento/intervenção, e habitualmente tem em consideração três vertentes: a terapêutica, a preventiva/educativa e a lúdico-recreativa. 

O Fisioterapeuta é um profissional de saúde com capacidades especializadas e diferenciadas, que utiliza os efeitos das propriedades físico-químicas e térmicas da água, combinadas com o conhecimento aprofundado do movimento humano e dos efeitos fisiológicos neste meio, intervindo em condições que afetam o movimento, a função, a saúde e o bem-estar.

Neste âmbito, o Fisioterapeuta pode desenvolver a sua atividade em piscinas, quer comunitárias, quer terapêuticas/hospitalares ou termais, de forma individual ou em grupo, num perfil de prática pública ou privada, demonstrando que a utilização do meio aquático pode ser diferenciadora na qualidade do tratamento/intervenção e facilitadora de uma melhor qualidade de vida e de melhores resultados funcionais em diversas condições clínicas.

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Pedro Maciel Barbosa

Fisioterapeuta-especialista na Unidade Local de Saúde de Matosinhos Sub-coordenador para os Cuidados de Saúde Primário, Unidade Local de Saúde de Matosinhos Professor Adjunto-Convidado na Escola Superior de Saúde do Porto Membro do Conselho de Administração da Fundação para a Saúde – SNS Membro do Conselho Geral da Ordem dos Fisioterapeutas

Carlos Areia

Carlos Areia é fisioterapeuta desde 2013, e trabalhou em vários hospitais, clínicas e clubes tanto em Portugal como no Reino Unido. Iniciou a sua carreira académica na Universidade de Oxford em 2016, onde liderou um ensaio clínico a comparar Fisioterapia VS cirurgia em lesões do cruzado anterior em 32 hospitais de Inglaterra. Em 2018 mudou-se para o departamento de neurociências, onde desenvolveu os seus próprios estudos em monitorização remota de sinais vitais, que foram implementados durante a pandemia. Aqui descobriu a sua paixão pelos dados, e em 2022, juntou-se à Digital Science como Data Scientist. Concluiu o seu PhD no início deste ano, e junta mais de 60 publicações em revistas como a The Lancet, BMJ, Cochrane, entre outras. É também palestrante honorário na Oxford Brookes University e consultor em investigação clínica.

Eduardo José Brazete Carvalho Cruz

Doutorado em Fisioterapia, pela Universidade de Brighton, UK. Pós-Doutoramento na especialidade de Epidemiologia pela Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa.
Coordenador do Gabinete de Estudos e Planeamento da Ordem dos Fisioterapeutas. Professor Coordenador do Departamento de Fisioterapia da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal (ESS-IPS). Presidente do Conselho Técnico-Científico da ESS-IPS. Coordenador do Departamento de Fisioterapia da ESS-IPS. Investigador Integrado do Comprehensive Health Research Centre (CHRC) (parceria FCM-UNL, Escola Nacional de Saúde Publica, Universidade de Évora, Lisbon Institute of Global Mental Health e Hospital do Santo Espírito, Ilha Terceira, Açores).

Sara Souto Miranda

Sara Souto Miranda é licenciada e mestre em fisioterapia pela Universidade de Aveiro, e detentora de pós-graduação em fisioterapia respiratória do adulto certificada pela mesma instituição. Completou em 2023 o seu doutoramento duplo em Ciências da Reabilitação/Saúde, Medicina e Ciências da Vida pelas Universidades de Aveiro e Maastricht (Países Baixos) e encontra-se atualmente a exercer funções como assessora técnico-científica do Gabinete de Estudos e Planeamento (GEP) da Ordem dos Fisioterapeutas, e como professora convidada do Instituto Piaget de Vila Nova de Gaia. Enquanto membro do Laboratório de Investigação e Reabilitação Respiratória da Universidade de Aveiro (Lab3R), exerceu atividade de investigação aplicada onde avaliou e tratou doentes com patologia respiratória, tendo participado em 6 projetos de investigação. Ao longo do seu percurso publicou 19 artigos científicos em revistas internacionais revistas pelos pares com fator de impacto, 1 capítulo de livro, e mais de 50 resumos em atas de conferências. Foi voluntária de investigação no centro de reabilitação Ciro (Center for expertise in chronic organ failure) nos Países Baixos, e é atualmente membro da Guideline Methodology Network da European Respiratory Society. Foi distinguida pela European Lung Foundation e European Respiratory Society por desenvolver investigação centrada no doente, pela Direção Geral de Ensino Superior com uma bolsa de mérito relativa ao seu mestrado, e pelo centro Ciro com uma bolsa destinada ao apoio à investigação no estrangeiro.

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