Neste Dia Nacional de Luta contra a Obesidade, que se assinala hoje, 20 de maio, a Ordem dos Fisioterapeutas apela ao aumento da intervenção dos fisioterapeutas nos programas de gestão de peso e na disponibilidade desses programas à população em geral.
A obesidade e o excesso de peso podem ser definidas por uma anormal ou excessiva acumulação de gordura que pode contribuir para situação de doença não transmissível como as doenças cardiovasculares (principal causa de morte) e respiratórias, osteoarticulares (sobretudo a osteoartrose que é altamente incapacitante) e algumas formas de cancro, bem como para a diabetes.
Em Portugal as doenças não transmissíveis são responsáveis por 87% do total de mortes (OMS, 2023). Na sua génese estão fatores determinantes como as alterações alimentares, a inatividade física ou o sedentarismo, o tabagismo ou o alcoolismo, entre outros.
O fisioterapeuta tem um papel fundamental na prevenção primária da obesidade e excesso de peso através da sua intervenção nos fatores determinantes principalmente no aconselhamento e monitorização da prática de atividade física adequada a estas condições clínicas, nas alterações respiratórias decorrentes da obesidade e excesso de peso e nas alterações osteoarticulares, contribuindo também para o aumento da literacia em saúde.
A ação do fisioterapeuta é revelante também ao nível da prevenção secundária e terciária na intervenção cirúrgica da obesidade, na intervenção cirúrgica e não cirúrgica da osteoartrose ou na intervenção nas alterações respiratórias e do sono, sem esquecer a intervenção na gestão da diabetes.
Relembramos assim o papel fundamental do fisioterapeuta como profissional de saúde, quer esteja ou não integrado em equipas de saúde, para a gestão do excesso de peso e da obesidade, em todas as suas vertentes e contextos.