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História da Fisioterapia em Portugal

A designação “ Fisioterapeuta” surge no inicio do século XX. Até 1957, esta designação era utilizada como uma especialidade médica, que foi posteriormente substituida por Fisiatra, ou especialista em Medicina Fisica e Reablitação.

A formação de profissionais ( não médicos ) com a designação de Fisioterapeutas surgiu em 1957, através dos “cursos de reablitação” criados pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML). A primeira responsável pelo curso de Fisioterapia foi Miss Anne Cepik, Fisioterapeuta dos Estados Unidos da América (EUA), tendo os primeiros Fisioterapeutas sido formados por profissionais dos EUA, Dinamarca e Grã-Bretanha.

A 12 de Novembro de 1960, foi criada a Associação Portuguesa de Fisioterapeutas.

Os primeiros Fisioterapeutas formados realizaram formação complementar nos EUA, tendo a partir de 1963, assegurada por Fisioterapeutas Portugueses. Estes cursos de Reabilitação levaram à criação da Escola de Reabilitação do Alcoitão, em 1966, integrada no Centro de Medicina e Reabilitação do Alcoitão. Ainda em 1966, a Portaria 22034, de 4 de Junho de 1966, marca a introdução do “Titulo Profissional de Fisioterapeuta” em Portugal.

Nos primeiros anos desta profissão, as linhas dominantes da formação de Fisioterapeutas e desempenho da respetiva função seguiu duas grandes linhas dominantes: A nivel da Santa Casa da Misericórdia, com a criação dos cursos de Reabilitação e posteriormente a Escola de Reabilitação do Alcoitão, e a nivel dos hospitais do Estados, com a criação dos cursos de auxiliar de Fisioterapia e técnico de Fisioterapeuta. Deve ainda ser mencionada a formação especifica ao nivel do Ultramar e na área militar.

No inicio da Década de 70, a restruturação de sistema de Sáude , pela publicação do Decreto de Lei 414/71, de 27 de Setembro, onde foi instituida a carreira de “Técnicos Terapeutas”, onde foi limitado o acesso aos profissionais com o “Titulo Profissional de Fisioterapeuta”.

Em 1977, é criado o ensino superior de curta duração ( Decreto Lei nº 427-B/77 ). Na sequência, a Escola de Reabilitação do Alcoitão foi incluida como formação de ensino superior.

Apesar da tentativa de manutenção da Fisioterapia como formação de Ensino Superior, foram criadas em 1982 as Escolas Técnicas dos Serviços de Sáude de Lisboa, Porto e Coimbra, onde foi incluida a formação de técnicos de Fisioterapia. Em 1985, a evolução da carreira profissional substitui a denominção de “Técnico Auxiliar dos Serviços Complementares” por “Técnico de Diagnóstico e Terapêutica”, que constava com 18 profissões.

O novo plano de estudos de Fisioterapia entrou em vigor no ano letivo 1990/1991 na Escola de Reabilitação do Alcoitão. Em 1993, foram criadas as Escolas Superiores de Tecnologias da Saúde de Lisboa, Porto e Coimbra, sendo integradas no sistema educativo nacional do Ensino Superior Politécnico.

Em 1993, o Decreto-Lei nº 415/93, de 23 de Dezembro, integra a Fisioterapia no Ensino Superior.

A partir de 1999, o departamento de Recursos Humanos da Saúde ( hoje ACSS ) tornou obrigatório o Registo Profissional dos titulares do Curso de Fisioterapia.

No final dos anos 90 e inicio do século, o numero de Instituições de Ensino de Fisioterapia cresceu bastante, com a criação de 11 instituições entre 1997 e 2009.

Em 2004, o “ Relatório sobre a Implementação do Processo de Bolonha a Nivel Nacional, por áreas de conhecimento – Tecnologias da Saúde” ( Lopes.A, 2004 ) propõe que o primeiro ciclo, no modelo de bolonha, deve ter a duração 4 anos, correspondente a 240 ECTS.

Pedro Maciel Barbosa

Fisioterapeuta-especialista na Unidade Local de Saúde de Matosinhos Sub-coordenador para os Cuidados de Saúde Primário, Unidade Local de Saúde de Matosinhos Professor Adjunto-Convidado na Escola Superior de Saúde do Porto Membro do Conselho de Administração da Fundação para a Saúde – SNS Membro do Conselho Geral da Ordem dos Fisioterapeutas

Carlos Areia

Carlos Areia é fisioterapeuta desde 2013, e trabalhou em vários hospitais, clínicas e clubes tanto em Portugal como no Reino Unido. Iniciou a sua carreira académica na Universidade de Oxford em 2016, onde liderou um ensaio clínico a comparar Fisioterapia VS cirurgia em lesões do cruzado anterior em 32 hospitais de Inglaterra. Em 2018 mudou-se para o departamento de neurociências, onde desenvolveu os seus próprios estudos em monitorização remota de sinais vitais, que foram implementados durante a pandemia. Aqui descobriu a sua paixão pelos dados, e em 2022, juntou-se à Digital Science como Data Scientist. Concluiu o seu PhD no início deste ano, e junta mais de 60 publicações em revistas como a The Lancet, BMJ, Cochrane, entre outras. É também palestrante honorário na Oxford Brookes University e consultor em investigação clínica.

Eduardo José Brazete Carvalho Cruz

Doutorado em Fisioterapia, pela Universidade de Brighton, UK. Pós-Doutoramento na especialidade de Epidemiologia pela Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa.
Coordenador do Gabinete de Estudos e Planeamento da Ordem dos Fisioterapeutas. Professor Coordenador do Departamento de Fisioterapia da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal (ESS-IPS). Presidente do Conselho Técnico-Científico da ESS-IPS. Coordenador do Departamento de Fisioterapia da ESS-IPS. Investigador Integrado do Comprehensive Health Research Centre (CHRC) (parceria FCM-UNL, Escola Nacional de Saúde Publica, Universidade de Évora, Lisbon Institute of Global Mental Health e Hospital do Santo Espírito, Ilha Terceira, Açores).

Sara Souto Miranda

Sara Souto Miranda é licenciada e mestre em fisioterapia pela Universidade de Aveiro, e detentora de pós-graduação em fisioterapia respiratória do adulto certificada pela mesma instituição. Completou em 2023 o seu doutoramento duplo em Ciências da Reabilitação/Saúde, Medicina e Ciências da Vida pelas Universidades de Aveiro e Maastricht (Países Baixos) e encontra-se atualmente a exercer funções como assessora técnico-científica do Gabinete de Estudos e Planeamento (GEP) da Ordem dos Fisioterapeutas, e como professora convidada do Instituto Piaget de Vila Nova de Gaia. Enquanto membro do Laboratório de Investigação e Reabilitação Respiratória da Universidade de Aveiro (Lab3R), exerceu atividade de investigação aplicada onde avaliou e tratou doentes com patologia respiratória, tendo participado em 6 projetos de investigação. Ao longo do seu percurso publicou 19 artigos científicos em revistas internacionais revistas pelos pares com fator de impacto, 1 capítulo de livro, e mais de 50 resumos em atas de conferências. Foi voluntária de investigação no centro de reabilitação Ciro (Center for expertise in chronic organ failure) nos Países Baixos, e é atualmente membro da Guideline Methodology Network da European Respiratory Society. Foi distinguida pela European Lung Foundation e European Respiratory Society por desenvolver investigação centrada no doente, pela Direção Geral de Ensino Superior com uma bolsa de mérito relativa ao seu mestrado, e pelo centro Ciro com uma bolsa destinada ao apoio à investigação no estrangeiro.

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