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Áreas de Especialidade em Fisioterapia

A Ordem dos Fisioterapeutas (OF) encontra-se em período de instalação e embora sejam suas competências, a definição das Especialidades em fisioterapia e dos requisitos para o reconhecimento de um especialista, no contexto das tarefas da Comissão Instaladora (CI) não constituem uma prioridade neste momento.
Tal não invalida que exista um processo de reflexão sobre a matéria, tendo por base, em particular, a experiência já desenvolvida pelos Grupos de Interesse da APFisio, os exemplos no plano internacional, no âmbito da Fisioterapia e no plano nacional a experiência de outras profissões de saúde.
A especialização dos Fisioterapeutas visa melhorar os padrões de qualidade de prestação de cuidados de fisioterapia aos utentes e promover o seu desenvolvimento profissional contínuo.
São consideradas essenciais como referência as diretrizes da WCPT nesta matéria ( https://www.wcpt.org/policy/ps-specialisation), nomeadamente os seguintes pressupostos:

  • As especialidades são áreas de estudo e exercício da Fisioterapia nas quais é possível aos fisioterapeutas adquirirem e demonstrarem “competências avançadas / acrescidas”, relativamente aos necessários para o acesso à profissão e ao título profissional.
  • Deverá haver um processo formal e documentado de especialização, reconhecendo essas competências em particular as competências clínicas.
  • A especialização não deve ser considerada como uma limitação do exercício. O campo de atividade reconhecido como fisioterapia permanecerá aberto a todos os fisioterapeutas adequadamente qualificados.
  • É esperado que os especialistas desenvolvam a sua atividade profissional na área de especialização clínica que detêm, contribuam para o ensino e a avaliação do exercício profissional, com vista à melhoria dos serviços prestados. Espera-se ainda que conduzam projetos de investigação e contribuam para o desenvolvimento e difusão do conhecimento na respetiva área.

Assim, no essencial, será importante considerar três elementos substanciais no processo de especialização:

  • A posse de uma formação pós-graduada avançada, com reconhecimento académico;
  • A demonstração de competências (Skils) clínicas e de experiência comprovada, na área de especialização;
  • O desenvolvimento de competências na área da investigação. (Análise crítica da investigação publicada, como suporte a uma prática baseada na evidência científica, com contributo publicado, para o desenvolvimento dos saberes na área de especialização.

A CI da OF considera que, o perfil do especialista se enquadra claramente nos descritores do grau académico de mestrado sendo essa uma via potencial, mas não única, no processo formal de reconhecimento do estatuto de especialista.
A atribuição do estatuto de especialista pressupõe que seja o seu titular a ter de demonstrar regularmente que continua a merecer esse estatuto, implicando um sistema de renovação da posse do título de especialista.
Considera-se prudente que seja definido um número pouco alargado de especializações, se possível em paridade com a prática internacional, ou de países de referência. Nos casos em que não se justifique a criação de uma especialidade autónoma, poderá ser criado um sistema de certificação de competência, alternativo ao das especializações.
No contexto dos Grupos de Interesse da APFisio haverá que estudar os que eventualmente poderão funcionar como embrião do desenvolvimento de especialidades.
Até à criação de especialidades ou de competências avançadas/acrescidas certificadas, quando a OF substituir a APFisio na WCPT, como está acordado, a OF comprometeu-se com a APFisio a assegurar o necessário “endorsement” dos Grupos de Interesse que tenham afiliação em subgrupos reconhecidos pela WCPT, para que fique garantida a continuidade das representações já adquiridas.

Pedro Maciel Barbosa

Fisioterapeuta-especialista na Unidade Local de Saúde de Matosinhos Sub-coordenador para os Cuidados de Saúde Primário, Unidade Local de Saúde de Matosinhos Professor Adjunto-Convidado na Escola Superior de Saúde do Porto Membro do Conselho de Administração da Fundação para a Saúde – SNS Membro do Conselho Geral da Ordem dos Fisioterapeutas

Carlos Areia

Carlos Areia é fisioterapeuta desde 2013, e trabalhou em vários hospitais, clínicas e clubes tanto em Portugal como no Reino Unido. Iniciou a sua carreira académica na Universidade de Oxford em 2016, onde liderou um ensaio clínico a comparar Fisioterapia VS cirurgia em lesões do cruzado anterior em 32 hospitais de Inglaterra. Em 2018 mudou-se para o departamento de neurociências, onde desenvolveu os seus próprios estudos em monitorização remota de sinais vitais, que foram implementados durante a pandemia. Aqui descobriu a sua paixão pelos dados, e em 2022, juntou-se à Digital Science como Data Scientist. Concluiu o seu PhD no início deste ano, e junta mais de 60 publicações em revistas como a The Lancet, BMJ, Cochrane, entre outras. É também palestrante honorário na Oxford Brookes University e consultor em investigação clínica.

Eduardo José Brazete Carvalho Cruz

Doutorado em Fisioterapia, pela Universidade de Brighton, UK. Pós-Doutoramento na especialidade de Epidemiologia pela Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa.
Coordenador do Gabinete de Estudos e Planeamento da Ordem dos Fisioterapeutas. Professor Coordenador do Departamento de Fisioterapia da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal (ESS-IPS). Presidente do Conselho Técnico-Científico da ESS-IPS. Coordenador do Departamento de Fisioterapia da ESS-IPS. Investigador Integrado do Comprehensive Health Research Centre (CHRC) (parceria FCM-UNL, Escola Nacional de Saúde Publica, Universidade de Évora, Lisbon Institute of Global Mental Health e Hospital do Santo Espírito, Ilha Terceira, Açores).

Sara Souto Miranda

Sara Souto Miranda é licenciada e mestre em fisioterapia pela Universidade de Aveiro, e detentora de pós-graduação em fisioterapia respiratória do adulto certificada pela mesma instituição. Completou em 2023 o seu doutoramento duplo em Ciências da Reabilitação/Saúde, Medicina e Ciências da Vida pelas Universidades de Aveiro e Maastricht (Países Baixos) e encontra-se atualmente a exercer funções como assessora técnico-científica do Gabinete de Estudos e Planeamento (GEP) da Ordem dos Fisioterapeutas, e como professora convidada do Instituto Piaget de Vila Nova de Gaia. Enquanto membro do Laboratório de Investigação e Reabilitação Respiratória da Universidade de Aveiro (Lab3R), exerceu atividade de investigação aplicada onde avaliou e tratou doentes com patologia respiratória, tendo participado em 6 projetos de investigação. Ao longo do seu percurso publicou 19 artigos científicos em revistas internacionais revistas pelos pares com fator de impacto, 1 capítulo de livro, e mais de 50 resumos em atas de conferências. Foi voluntária de investigação no centro de reabilitação Ciro (Center for expertise in chronic organ failure) nos Países Baixos, e é atualmente membro da Guideline Methodology Network da European Respiratory Society. Foi distinguida pela European Lung Foundation e European Respiratory Society por desenvolver investigação centrada no doente, pela Direção Geral de Ensino Superior com uma bolsa de mérito relativa ao seu mestrado, e pelo centro Ciro com uma bolsa destinada ao apoio à investigação no estrangeiro.

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