Ordem dos Fisioterapeutas promove ciclo de webinars sobre a Segurança do Doente e a Fisioterapia

A Ordem dos Fisioterapeutas organiza um ciclo de webinars com o objetivo de sensibilizar e envolver os fisioterapeutas, enquanto profissionais de saúde, para a temática da Segurança do Doente.

O primeiro webinar – “A Segurança do Doente e a Fisioterapia” – decorre no dia 6 de março entre as 18h30 e as 20h00, criando um espaço de reflexão e partilha de experiências. O  Grupo de Trabalho para a Segurança do Doente abordará o Plano de Ação Mundial para a Segurança do Doente 2021- 2030, as estratégias da Direção-Geral de Saúde (DGS) alinhadas com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a contextualização da Segurança do Doente com a Fisioterapia, no plano da saúde pública.

Sabe o que é a Segurança do Doente nos cuidados de saúde?

Sabe o que pode fazer enquanto Fisioterapeuta?

Os membros da Ordem podem inscrever-se diretamente na área reservada, selecionando o separador “ações de (IN)formação”.

Contamos a vossa participação!

Programa SPLIT aprovado para integrar Pacto Saúde Sustentável (PaSSuS) 2030

O Programa SPLIT, um modelo inovador de referenciação para tratamento de Fisioterapia para utentes com lombalgia (LG), foi aprovado para integrar a 1ª fase do Pacto Saúde Sustentável (PaSSuS) 2030, que é assinado publicamente esta quarta-feira.

A submissão apresentada pela Ordem dos Fisioterapeutas mereceu aprovação e é assinalada no Centro Ismaili de Lisboa da Fundação Aga Khan, num evento de lançamento que marca o início do processo de implementação do Plano Nacional de Saúde (PNS) 2030, e que conta com a representação da 2ª Vice-Presidente da Direção, Conceição Bettencourt, e do Coordenador do Gabinete de Estudos e Planeamento da Ordem dos Fisioterapeutas e investigador responsável do Programa SPLIT, Eduardo Cruz.

A Ordem dos Fisioterapeutas já integra a Comissão de Acompanhamento do PNS desde abril de 2022 e torna-se igualmente uma das entidades do PaSSuS 2030, que participarão num processo de monitorização e avaliação, sob coordenação técnica da Direção-Geral da Saúde/PNS, das ações que se comprometem a implementar.

Programa SPLIT: uma oportunidade para inovar nos cuidados de saúde primários

Com o objetivo de melhorar a qualidade, resultados clínicos e custo-utilidade dos cuidados prestados às pessoas com lombalgia (LG) que recorrem aos cuidados de saúde primários, foi desenvolvido e implementado, ao nível do Agrupamento de Centros de Saúde da Arrábida – ARSLVT, o programa SPLIT.

Trata-se de um programa de cuidados estratificados que sugere, após a primeira consulta com o Médico de Medicina Geral e Familiar, a referenciação precoce dos utentes com LG para o Fisioterapeuta, que aplica o programa de intervenção e monitoriza o utente de acordo com o seu risco para o desenvolvimento de LG persistente e incapacitante.

Em termos de resultados, numa amostra de cerca de 500 utentes recrutados, este programa permitiu reduzir em cerca de 80% a probabilidade de os utentes apresentarem LG persistente e incapacitante, 6 meses após a consulta inicial, e comparativamente à prática usual descrita previamente.

Também ao nível da prescrição de meios complementares de diagnóstico e medicação, este programa permitiu reduzir em cerca de 30% cada um dos indicadores.

A lombalgia (LG) é uma condição de saúde comum e cuja gestão representa um desafio para o sistema de saúde português. Por provocar uma elevada e persistente incapacidade crónica, sobretudo nas pessoas que estão em idade laboral ativa, a LG está frequentemente associada a perdas de produtividade, absentismo laboral, reformas antecipadas e consumo de recursos de saúde. Para além de ser a principal causa de incapacidade, é também um dos principais motivos de consulta nos cuidados de saúde primários (CSP). De forma preocupante, estima-se que a prevalência e o impacto da LG continuem a crescer nos próximos anos.

O Programa SPLIT passa agora a integrar a 1ª fase do Pacto Saúde Sustentável 2030 e o início do processo de implementação do Plano Nacional de Saúde 2030, um processo colaborativo que orienta e influencia as políticas públicas, propondo-se que seja aplicado a outras unidades de saúde que já tenham Fisioterapeutas integrados.

A Ordem dos Fisioterapeutas congratula-se com a possibilidade e responsabilidade de participar na construção do PNS 2030, considerando a “Saúde Sustentável: de Tod@s para Tod@s” determinante para a valorização da Fisioterapia e dos Fisioterapeutas, enquanto atores de saúde.

Fisioterapeutas e ULS: o caminho necessário

O Bastonário António Lopes assina um artigo de opinião no jornal Público. Em «Fisioterapeutas e ULS: o caminho necessário», identifica os “[…] novos desafios à autonomia desta atividade: autonomia clínica, profissional e de gestão”, tanto ao nível do SNS como das unidades privadas. Sublinha o empenho da Ordem em “ver reconhecido o princípio da necessidade de criação de Serviços e Unidades de Fisioterapia no Serviço Nacional de Saúde”  e uma “adequada formulação das unidades privadas de saúde”. Leia o artigo aqui, também disponível na edição digital do jornal.

Ordem apoia projeto de desenvolvimento da profissão nos PALOP

Esta semana, foi marcada pelo arranque de uma iniciativa da World Physiotherapy (WP), em colaboração com a Ordem dos Fisioterapeutas, com o objetivo de apoiar o desenvolvimento da profissão de fisioterapeuta nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP): Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

O responsável pelo desenvolvimento e gestão de projetos da WP, Sidy Dieye, foi recebido em Portugal pelo Bastonário da Ordem dos Fisioterapeutas, António Lopes e pelos Fisioterapeutas Marco Clemente e Cláudia Costa, para liderar um conjunto de reuniões bilaterais com representantes da organização internacional nos referidos países.

As reuniões, que decorreram nos dias 5 e 6 de fevereiro, pretenderam estabelecer um diálogo abrangente e de identificação das necessidades específicas em áreas como a educação, capacitação, advocacia, liderança de associações profissionais e regulamentação dentro da comunidade de fisioterapia nos PALOP.

Para a Ordem dos Fisioterapeutas, esta colaboração é de vital importância porque permitirá desencadear oportunidades para o incremento do valor social da profissão em diferentes contextos de saúde, e atendendo às especificidades de cada país.

Dia Mundial de Luta Contra o Cancro: o papel da Fisioterapia em Oncologia

Assinala-se este domingo, 4 de fevereiro, o Dia Mundial de Luta Contra o Cancro,data instituída em 2000 pela União Internacional de Controlo do Cancro, que tem como objetivo sensibilizar a população para esta doença, bem como melhorar a educação e promover a ação pessoal e coletiva na luta contra o cancro.

Entre 2022 e 2024, esta efeméride tem como tema «Close the Care Gap – Por cuidados mais justos», para lembrar que o acesso a diagnóstico precoce e a tratamentos oncológicos salvam vidas e que este acesso deve ser igual para todos, independentemente do nível de instrução, rendimento ou o local de residência.

O papel da Fisioterapia em Oncologia

A Ordem dos Fisioterapeutas associa-se a esta data, destacando o papel da Fisioterapia, cuja intervenção pode ser benéfica nas diferentes fases:

  • PREVENÇÃO – Promoção de hábitos de vida saudável (exercício, gestão do peso…);
  • PRÉ-HABILITAÇÃO – Prevenção e tratamento de complicações precoces e tardias que advêm das terapias oncológicas em todas as fases da doença;
  • REABILITAÇÃO – Restaurar/ maximizar a função;
  • TRATAMENTOS ONCOLÓGICOS – Vigilância funcional no continuum dos cuidados;
  • FASE AVANÇADA – Melhoria da qualidade de vida em todas as fases da doença;

SOBREVIVENTE – facilitar o retorno ao estado social prévio ao diagnóstico

Pedro Maciel Barbosa

Fisioterapeuta-especialista na Unidade Local de Saúde de Matosinhos Sub-coordenador para os Cuidados de Saúde Primário, Unidade Local de Saúde de Matosinhos Professor Adjunto-Convidado na Escola Superior de Saúde do Porto Membro do Conselho de Administração da Fundação para a Saúde – SNS Membro do Conselho Geral da Ordem dos Fisioterapeutas

Carlos Areia

Carlos Areia é fisioterapeuta desde 2013, e trabalhou em vários hospitais, clínicas e clubes tanto em Portugal como no Reino Unido. Iniciou a sua carreira académica na Universidade de Oxford em 2016, onde liderou um ensaio clínico a comparar Fisioterapia VS cirurgia em lesões do cruzado anterior em 32 hospitais de Inglaterra. Em 2018 mudou-se para o departamento de neurociências, onde desenvolveu os seus próprios estudos em monitorização remota de sinais vitais, que foram implementados durante a pandemia. Aqui descobriu a sua paixão pelos dados, e em 2022, juntou-se à Digital Science como Data Scientist. Concluiu o seu PhD no início deste ano, e junta mais de 60 publicações em revistas como a The Lancet, BMJ, Cochrane, entre outras. É também palestrante honorário na Oxford Brookes University e consultor em investigação clínica.

Eduardo José Brazete Carvalho Cruz

Doutorado em Fisioterapia, pela Universidade de Brighton, UK. Pós-Doutoramento na especialidade de Epidemiologia pela Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa.
Coordenador do Gabinete de Estudos e Planeamento da Ordem dos Fisioterapeutas. Professor Coordenador do Departamento de Fisioterapia da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal (ESS-IPS). Presidente do Conselho Técnico-Científico da ESS-IPS. Coordenador do Departamento de Fisioterapia da ESS-IPS. Investigador Integrado do Comprehensive Health Research Centre (CHRC) (parceria FCM-UNL, Escola Nacional de Saúde Publica, Universidade de Évora, Lisbon Institute of Global Mental Health e Hospital do Santo Espírito, Ilha Terceira, Açores).

Sara Souto Miranda

Sara Souto Miranda é licenciada e mestre em fisioterapia pela Universidade de Aveiro, e detentora de pós-graduação em fisioterapia respiratória do adulto certificada pela mesma instituição. Completou em 2023 o seu doutoramento duplo em Ciências da Reabilitação/Saúde, Medicina e Ciências da Vida pelas Universidades de Aveiro e Maastricht (Países Baixos) e encontra-se atualmente a exercer funções como assessora técnico-científica do Gabinete de Estudos e Planeamento (GEP) da Ordem dos Fisioterapeutas, e como professora convidada do Instituto Piaget de Vila Nova de Gaia. Enquanto membro do Laboratório de Investigação e Reabilitação Respiratória da Universidade de Aveiro (Lab3R), exerceu atividade de investigação aplicada onde avaliou e tratou doentes com patologia respiratória, tendo participado em 6 projetos de investigação. Ao longo do seu percurso publicou 19 artigos científicos em revistas internacionais revistas pelos pares com fator de impacto, 1 capítulo de livro, e mais de 50 resumos em atas de conferências. Foi voluntária de investigação no centro de reabilitação Ciro (Center for expertise in chronic organ failure) nos Países Baixos, e é atualmente membro da Guideline Methodology Network da European Respiratory Society. Foi distinguida pela European Lung Foundation e European Respiratory Society por desenvolver investigação centrada no doente, pela Direção Geral de Ensino Superior com uma bolsa de mérito relativa ao seu mestrado, e pelo centro Ciro com uma bolsa destinada ao apoio à investigação no estrangeiro.

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