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Ordem dos Fisioterapeutas reafirma a importância de se aumentar a acessibilidade a programas de Reabilitação Respiratória em Portugal

Assinala-se hoje, dia 21 de abril, o Dia Nacional da Reabilitação Respiratória. A data foi implementada em 2016, por iniciativa da Fundação Portuguesa do Pulmão e subscrita por mais 12 entidades (sociedades médicas e associações de profissionais de saúde e de doentes respiratórios).

O objetivo desta iniciativa é sensibilizar os responsáveis pelas políticas de saúde, as entidades financiadoras da saúde, os profissionais de saúde, os doentes respiratórios e seus familiares e a sociedade em geral, de que a Reabilitação Respiratória (RR) é uma intervenção com benefícios comprovados para a saúde nas suas dimensões física, psíquica e social, sendo a intervenção mais custo-efetiva no tratamento da pessoa com doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC).

Apesar dos comprovados benefícios e redução de custos, incompreensivelmente a acessibilidade e a referenciação para a RR continuam extremamente baixas, estimando-se que apenas têm acesso cerca de 2-3% dos doentes que dela necessitam. A Ordem dos Fisioterapeutas apela ao aumento da acessibilidade à RR, em particular no contexto comunitário, devendo ser uma das prioridades do SNS o aumento dos recursos humanos especializados nos Cuidados de Saúde Primários, nomeadamente o número de fisioterapeutas, que é claramente insuficiente.

A fisioterapia respiratória e o profissional que a executa, o fisioterapeuta, são elementos fundamentais que contribuem para a melhoria da condição de saúde do doente respiratório (aguda ou crónica), seja integrado em equipas multi-interdisciplinares de RR ou num contexto de prática mais direto não enquadrado no conceito de Reabilitação Respiratória.

Os fisioterapeutas integrados nas equipas de RR têm um papel importante na avaliação específica para determinação das necessidades individuais de reabilitação, na componente do treino de exercício (prescrição, implementação e supervisão), na educação, nas mudanças de comportamento promotoras de saúde (ex. atividade física regular), entre outras (ex. técnicas de remoção de secreções, treino dos músculos inspiratórios, técnicas de controlo respiratório e alívio da dispneia).

A Ordem dos Fisioterapeutas sublinha igualmente o enorme contributo que os fisioterapeutas, a nível nacional e internacional, têm dado para o aumento do conhecimento, evidência e implementação da Reabilitação Respiratória, incluindo novos modelos de prática (telerreabilitação, domiciliar de baixo custo e web-based).

Ordem dos Fisioterapeutas inscrita na Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) para acolhimento de Doutorandos

Com o objetivo de potenciar o desenvolvimento de investigação na área da Fisioterapia, a Ordem dos Fisioterapeutas, com o apoio do Gabinete de Estudos e Planeamento, submeteu a sua manifestação de interesse para acolhimento de doutorandos, ao abrigo do aviso de abertura para Bolsas de Doutoramento em ambiente não académico.  

De acordo com a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), neste concurso, assumem especial relevância planos de trabalho elaborados em estreita articulação com entidades não académicas, que deverão acolher os bolseiros durante uma parte considerável do seu trabalho conducente à obtenção do grau de doutor.

No âmbito da configuração de acolhimento que a Linha de Candidatura em Ambiente Não Académico possibilita, foi submetida uma candidatura, por parte de uma doutoranda da Universidade de Aveiro, com o projeto ‘POPER: Platform of Outcomes in Physiotherapy Electronic Records’, a desenvolver na Ordem dos Fisioterapeutas.

Este projeto visa incrementar os registos clínicos dos fisioterapeutas, promovendo a investigação da efetividade da fisioterapia e o seu valor acrescentado em diversas condições de saúde.

Os prazos para a divulgação de resultados do concurso são os que constam no regulamento em vigor.

Reunião com a Entidade Reguladora da Saúde

A Direção da Ordem dos Fisioterapeutas (OF) reuniu-se terça-feira, 11 de abril, com o Conselho de Administração da Entidade Reguladora da Saúde (ERS).

Além dos cumprimentos institucionais ao novo Conselho de Administração da ERS e da disponibilidade demonstrada para a cooperação entre as instituições, no quadro das respetivas atribuições e competência, foram abordadas diversas temáticas, incluindo as questões respeitantes aos requisitos de abertura e de funcionamento das unidades privadas de fisioterapia.

A Ordem dos Fisioterapeutas aproveitou para apresentar a sua posição e expor alguns dos seus objetivos, na defesa da profissão, nomeadamente a definição expressa da coordenação das unidades de fisioterapia, quando autónomas, por fisioterapeutas, e à referenciação direta para os cuidados de fisioterapia.

Paralelamente, foi ainda reconhecida, por ambas as entidades, a importância da realização de ações de fiscalização sejam estas da ERS ou realizadas de modo conjunto visando a garantia da qualidade e segurança dos cuidados de saúde prestados à sociedade e o exercício habilitado da profissão, bem assim, a necessidade de reforço da informação respeitante ao quadro legal aplicável e de cujo cumprimento depende o regular funcionamento dos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde sob a exploração de fisioterapeutas.

Aliás a ERS salientou, nesta reunião, que faz parte das suas competências estabelecer formas de cooperação e associação com outras entidades de direito público ou privado, nomeadamente entidades no setor da saúde quando isso se mostre necessário ou conveniente para a prossecução das respetivas atribuições.

 Na audiência solicitada pela Ordem dos Fisioterapeutas, estiveram presentes o Bastonário António Lopes e 1º Vice-Presidente da Direção, Nuno Cordeiro, acompanhados pelo consultor jurídico Luís Camejo, tendo sido recebidos pelo Presidente do Conselho de Administração da ERS, António Pimenta Marinho e pelos vogais do Conselho de Administração Mariana Mota Torres e Franklim Marques.

 As reuniões de trabalho da Ordem que têm sido realizadas com diversas entidades da administração pública, como a ACSS, SPMS, ERS, IGAS e ARS Lisboa e Vale do Tejo, são no sentido da consolidação da autonomia de gestão e da dignificação do exercício profissional dos fisioterapeutas.

Dia Mundial da Saúde 2023

Hoje, 7 de abril, celebra-se o Dia Mundial da Saúde. A data coincide com o 75º aniversário da Organização Mundial de Saúde, que recorda: o acesso à saúde é um direito de todos, com o mote “Saúde Para Todos”. 

A Ordem dos Fisioterapeutas associa-se a esta comemoração, com o compromisso de continuar a trabalhar em prol da equidade na acessibilidade à Fisioterapia e na proximidade com os cidadãos. Enquanto profissionais de saúde, os fisioterapeutas são um importante recurso para assegurar a qualidade de vida de todas as pessoas, ao longo da vida, contribuindo assim para uma “Saúde Para Todos”.

O Bastonário da Ordem dos Fisioterapeutas esteve presente na sessão comemorativa do Dia Mundial da Saúde, organizada pelo Ministério da Saúde, subordinada ao tema escolhido pela Organização Mundial da Saúde para este ano – “Saúde para Todos”, que se realizou no dia 5 de abril, no Auditório do Infarmed, no Parque da Saúde em Lisboa.

Ordem dos Fisioterapeutas reúne-se com Direção-Executiva do SNS

O Bastonário da Ordem dos Fisioterapeutas, António Lopes, e o 1º Vice-Presidente da Direção, Nuno Cordeiro, reuniram-se esta quinta-feira, 6 de abril, com a Direção-Executiva do SNS. 

À semelhança da audiência com o Ministro da Saúde, o encontro solicitado teve o propósito de abordar vários temas comuns, relacionados com a qualidade da prestação de cuidados de saúde em Fisioterapia, nomeadamente a implementação das unidades de fisioterapia nos modelos de organização do Serviço Nacional de Saúde, caraterizando a consulta do fisioterapeuta, os registos de intervenção e o sistema de registo único de saúde.

Foi manifestado o entendimento da Ordem dos Fisioterapeutas relativamente à importância da integração da Fisioterapia nas Unidades Locais de Saúde.

Considerando que a criação de novas Unidades Locais de Saúde representa uma evolução positiva na construção de instrumentos de planeamento e organização do SNS, com relevantes ganhos em saúde, através da otimização e integração de cuidados, de proximidade assistencial, de autonomia de gestão, do reforço dos cuidados de saúde primários, sempre com foco nos utentes, a Ordem dos Fisioterapeutas disponibilizou-se para colaborar com a Direção-Executiva do SNS para o melhor modelo de organização. 

Dia Nacional do Doente com Artrite Reumatoide

A Ordem dos Fisioterapeutas assinala o Dia Nacional do Doente com Artrite Reumatoide.

A data foi instituída em 1999, pelo Ministério da Saúde, tendo em conta o elevado número de casos diagnosticados em Portugal. A Sociedade Portuguesa de Reumatologia estima que afete 0,8 a 1,5% da população portuguesa.

A Artrite Reumatoide é uma doença crónica, inflamatória, autoimune, que se caracteriza pela inflamação das articulações e que pode conduzir à destruição do tecido articular e periarticular e os doentes com Artrite Reumatoide frequentemente sentem dor e dificuldade em mobilizar as articulações, com impacto na funcionalidade e qualidade de vida do cidadão.

A Fisioterapia constitui uma importante forma de tratamento para combater a dor e o desconforto, melhorar a amplitude dos movimentos, prevenir e tratar as deformidades articulares, manter ou aumentar a força muscular e promover a autonomia do doente para a realização das suas atividades diárias, contribuindo para melhorar a funcionalidade e a qualidade de vida do cidadão.

Pedro Maciel Barbosa

Fisioterapeuta-especialista na Unidade Local de Saúde de Matosinhos Sub-coordenador para os Cuidados de Saúde Primário, Unidade Local de Saúde de Matosinhos Professor Adjunto-Convidado na Escola Superior de Saúde do Porto Membro do Conselho de Administração da Fundação para a Saúde – SNS Membro do Conselho Geral da Ordem dos Fisioterapeutas

Carlos Areia

Carlos Areia é fisioterapeuta desde 2013, e trabalhou em vários hospitais, clínicas e clubes tanto em Portugal como no Reino Unido. Iniciou a sua carreira académica na Universidade de Oxford em 2016, onde liderou um ensaio clínico a comparar Fisioterapia VS cirurgia em lesões do cruzado anterior em 32 hospitais de Inglaterra. Em 2018 mudou-se para o departamento de neurociências, onde desenvolveu os seus próprios estudos em monitorização remota de sinais vitais, que foram implementados durante a pandemia. Aqui descobriu a sua paixão pelos dados, e em 2022, juntou-se à Digital Science como Data Scientist. Concluiu o seu PhD no início deste ano, e junta mais de 60 publicações em revistas como a The Lancet, BMJ, Cochrane, entre outras. É também palestrante honorário na Oxford Brookes University e consultor em investigação clínica.

Eduardo José Brazete Carvalho Cruz

Doutorado em Fisioterapia, pela Universidade de Brighton, UK. Pós-Doutoramento na especialidade de Epidemiologia pela Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa.
Coordenador do Gabinete de Estudos e Planeamento da Ordem dos Fisioterapeutas. Professor Coordenador do Departamento de Fisioterapia da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal (ESS-IPS). Presidente do Conselho Técnico-Científico da ESS-IPS. Coordenador do Departamento de Fisioterapia da ESS-IPS. Investigador Integrado do Comprehensive Health Research Centre (CHRC) (parceria FCM-UNL, Escola Nacional de Saúde Publica, Universidade de Évora, Lisbon Institute of Global Mental Health e Hospital do Santo Espírito, Ilha Terceira, Açores).

Sara Souto Miranda

Sara Souto Miranda é licenciada e mestre em fisioterapia pela Universidade de Aveiro, e detentora de pós-graduação em fisioterapia respiratória do adulto certificada pela mesma instituição. Completou em 2023 o seu doutoramento duplo em Ciências da Reabilitação/Saúde, Medicina e Ciências da Vida pelas Universidades de Aveiro e Maastricht (Países Baixos) e encontra-se atualmente a exercer funções como assessora técnico-científica do Gabinete de Estudos e Planeamento (GEP) da Ordem dos Fisioterapeutas, e como professora convidada do Instituto Piaget de Vila Nova de Gaia. Enquanto membro do Laboratório de Investigação e Reabilitação Respiratória da Universidade de Aveiro (Lab3R), exerceu atividade de investigação aplicada onde avaliou e tratou doentes com patologia respiratória, tendo participado em 6 projetos de investigação. Ao longo do seu percurso publicou 19 artigos científicos em revistas internacionais revistas pelos pares com fator de impacto, 1 capítulo de livro, e mais de 50 resumos em atas de conferências. Foi voluntária de investigação no centro de reabilitação Ciro (Center for expertise in chronic organ failure) nos Países Baixos, e é atualmente membro da Guideline Methodology Network da European Respiratory Society. Foi distinguida pela European Lung Foundation e European Respiratory Society por desenvolver investigação centrada no doente, pela Direção Geral de Ensino Superior com uma bolsa de mérito relativa ao seu mestrado, e pelo centro Ciro com uma bolsa destinada ao apoio à investigação no estrangeiro.

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